sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Mudanças, objetivos, decisões e a lei de Murphy

Muita coisa se passou comigo esses dias. Coisas boas e ruins. Por isso ainda não escrevi aqui, tava evitando um exagero ao contar meu drama...

Então, agora que a poeira baixou, posso falar. Passei em 4 das 5 matérias da faculdade. A matéria que bombei é onde fica meu drama da vez. Resumindo, passei o semestre inteiro dando o melhor de mim, por ser inclusive uma matéria que eu gostava muito, e por irresponsabilidades de outros de um trabalho em grupo (entre outras coisas), não passei.
Não quis nem fazer prova especial - pra quê, já que essa era mesmo uma matéria avançada que eu estava tentando fazer, e talvez nem deveria ter "avançado o carro na frente dos bois"?
Até aí beleza, sem necessidade de criar uma tragédia por ter que repetir uma matéria. Mas o problema que eu senti na pele foi apresentar um trabalho formal para uma banca de professores e outros convidados e, depois disso, ser humilhada lá na frente, ouvindo todos os professores dizerem que nosso trabalho estava horrível, que era uma vergonha aquele tipo de trabalho...
Nesse dia cheguei em casa me sentindo um lixo, desprezível mesmo. Mas nada melhor que um dia após o outro. Já estou refeita e com toda a energia pra dar a volta por cima, quando for a vez - certa - de fazer esta matéria de novo.

Mudando de assunto...
Recapitulando, eu tinha saído do meu estágio na TV (vide posts anteriores). Desde esse dia, fiquei procurando outro estágio - Lógico, ninguém gosta de ficar parado. E nada de encontrar de imediato. Espalhei meus currículos pra tudo quanto é lado: pros professores, pros familiares, e tal. Até que, de tanto ouvir muitos conselhos e de fazer algumas pesquisas, resolvi mudar o rumo dos meus objetivos de vida. Resolvi prestar concurso público.

Já tem um tempo que eu convivo com isso. Uma boa parte da minha família passou nesses concursos e me disseram que a realização lá dentro é grande. Daí a minha decisão, depois de várias reflexões a respeito. Decidi realmente passar e construir uma carreira sólida no serviço público. Bom, decidir é fácil, né? Mas aí vem a parte difícil, a dos sacrifícios! Nada de festas, nada de televisão, nada de rádio, nada de computador (em excesso), nada de shopping, nada de viagens, nada de carnaval, nada das coisas que não sejam relativas ao concurso....... até eu passar! Sim, objetivo é objetivo! (quer dizer, a única exceção à regra vai ser minha aula de dança aos sábados à tarde - ninguém é de ferro, né?)
Pensando no lado da lógica: Se eu passei no vestibular de primeira, no exame de legislação de primeira, no exame de direção de segunda (me dá um desconto porque o primeiro instrutor era um idiota!), consegui um estágio na primeira entrevista, consegui até estudar no exterior; isso quer dizer que eu tenho capacidade pra conseguir passar, certo?

Então... tomei a decisão e pronto! Avisei a todos que nesse ano de 2007, meu sobrenome será concurso. Ou fazem o concurso comigo, ou me esqueçam até eu passar.
Ontem, fui com o meu pai fazer matrícula em um curso preparatório à tarde. Já que tinha mesmo pedido a transferência da minha faculdade pro turno da noite no caso de surgir algum estágio, eu iria deste curso direto pra faculdade. Estágio... vixe, aí não. Nem iria mais procurar estágio.
Eis que me ligam há duas semanas atrás, me convidando a fazer uma entrevista de estágio numa empresa X muito conhecida daqui de BH- fui indicada por uma professora! Claro que eu fui na entrevista... mas muito puta da vida com a lei de Murphy! Por que o estágio só aparece agora, que eu não estou procurando mais???? Poxa... isso aê, valeu hein, destino??
Bom... fui, fiz uma ótima entrevista e pelo visto eles iriam me chamar. E era isso o que eu conversava com o meu pai ontem, enquanto íamos fazer a matrícula no curso à tarde: "Pai, tenho certeza que eles vão me chamar... eu percebi que eles gostaram de mim! E agora? Estágio de 8 à 1:30 da tarde, curso de 2 às 5:30 da tarde e faculdade de 7:15 à 10:30?? Não vou passar no concurso assim..."

E ele me aconselhava a tentar mesmo assim. Não tiro a razão dele, não conseguiria negar essa oportunidade. Poxa, tanta gente por aí doido com uma oportunidade dessas e eu vou desistir?

Bem, fiz a matrícula, despedi do meu pai que iria pra uma reunião logo dalí, e peguei o ônibus pra ir pra casa. De repente, meu telefone toca....

Ela: "Flávia? Aqui é fulana da empresa X, tudo bem?
Eu: Tudo. (em pensamento: por favor, diga que eu não me encaixei no perfil! Por favor, fala que você sente muito, mas que eu não consegui a vaga...!)
Ela: Olha, nós terminamos o processo de seleção.... (ai, por favor, por favor...) ... e você foi escolhida. (PUTZZZ....) E aí, quando pode começar?
Eu: Aah, erm... eh, pode ser logo depois do natal?
Ela: Claro, até lá então.


Eu sei que Murphy só escreveu essas leis, mas quem realmente as inventou é um infelizzzz!!!!


E agora???

Faço o estágio? Ou falo que não posso fazer? Tranco a faculdade? Mas não queria trancar, quero formar logo... E se eu pegar tudo de uma vez, não passo no concurso...

Help...

Um comentário:

Sandra disse...

Feliz Natal atrasado e um ano novo cheio de realizacoes e buscas movidas pelo coracao. Acho que aí está a resposta da sua pergunta: o estágio é numa área que vc quer muito? Quando vc pensa nele isoladamente dá aquele quentinho no coracao? E o concurso? É seguranca ou é mesmo o que queria pra vc? Quer tentar tudo-ao mesmo-tempo-agora? Ou quer deixar o curso pra depois, pro semestre que vem? Sinta tudo isso em vc e faca suas escolhas, as escolhas do coracao. Beijo grande (sempre torcendo por vc), Sandra